Parece muito distante o dia em que a guerra será apenas uma ideia lastimável na Terra. Mas por enquanto ainda há muitas lembranças tristes, como a guerra do Vietnã. Já fazem mais de 50 anos que ela ocorreu, mas ainda reverberam as noites escuras e tenebrosas.
Esta no entanto, é a história de um oficial da Marinha americana, enviado ao Vietnã para lutar por sua pátria, e a de Yuki, uma vietnamita que o destino, ou a história escrita a ferro e fogo das reencarnações, quis que houvesse um reencontro de almas.
No intervalo dos confrontos diários, o Tenente Shermann, filho de pacatos fazendeiros do Texas tinha oportunidade de se encontrar com Yuki. Os dois se conheceram através dos meandros que chamamos destino, quando o tenente chegou à capital do Vietnã do Sul, que se chamava Saigon, depois Ho Chi Min. Hoje, a capital do Vietnã unificado chama-se Hanói.
Yuki dava aula para as crianças e estudava numa escola de Belas Artes. Os dois se encontraram numa loja onde ela também trabalhava, para complementar seu orçamento. A antiga Saigon daquela época ainda tinha momentos de calmaria, mas aos poucos o cerco foi fechando. Shermann e Yuki desenvolveram uma profunda admiração mútua. Trocavam diversas informações sobre suas culturas tão diferentes. Não julgavam a sua condição, era sabido que se tratava muito além, havia uma Guerra Fria em andamento, o Vietnã do Norte financiado pela União Soviética, e o Vietnã do Sul sobre a proteção dos Estados Unidos e outros países do Ocidente.
Nunca chegaram a se declarar, pois o Amor despertado era de outras eras, um sentimento elevado de almas que se encontram e se reconhecem.
Um dia, Saigon foi bombardeada, em pontos diferentes da cidade. O Tenente Shermann estava com sua tropa, a postos para se defenderem, quando uma bomba o atingiu em cheio, desencarnando na hora. Em outro local, Yuki também foi atingida, sofrendo alguns dias antes de partir também, dias depois.
Após serem transportados ao Mundo Maior para colônias de recuperação, foi permitido ao antigo Tenente Sherman e à Yuki reencontro. Almas antigas, que há muito caminham juntas.
Não há como saber quando eles vão retornar neste cenário terrestre. Mas por enquanto, há bastante tempo os dois tiveram autorização para trabalhar como espíritos protetores, junto ao Povo do Oriente, na linha de cura e nas mesas espíritas (kardecistas). Nas giras de descarrego e desobssessão dos centros de Umbanda, também eles, o antigo tem ente Shermann como guia de trabalho na linha de Ogum, e Yuki na linha de Iansã Trabalham incessantemente, ajudando a sustentar as pessoas, orientando-as, a auxiliando também nos trabalhos de cura. Não importa qual a missão, se manifestam em casas espírita, ou terreiro de Umbanda, ou se a pessoa que necessita é espiritualista, eles atendem com carinho e paciência todos os casos, trazendo serenidade e Paz.
Para quem acredita em reencarnação, é importante refletir que ao retornarmos à Pátria Espiritual, se já portadores de alguma compreensão, e em condições de participar das tarefas de auxílio, o trabalho é imenso e incessante. Há uma intensa atividade para atenuar o sofrimento de tantos, e auxiliar no resgate e progresso de tantos outros. Não precisamos ser perfeitos, encarnados ou desencarnados, se nossa proposta é ajudar, devemos nos esforçar para manter as nossas vibrações e ao nosso redor, as mais elevadas possível, e sair da condição de pedintes e desajustados para um estágio de colaboradores da Luz e do Bem.
Muita Luz para estes espíritos benditos, e que os tenhamos como exemplos, percebendo que não precisamos esperar a eternidade para começarmos a trabalhar. Não precisamos ficar aguardando nos ornar perfeitos, pois com certeza é algo que ainda vai demorar infinitamente, mas já podemos, dede agora, evitar sofrimentos gerados pela causa e efeito, e viver de maneira a facilitar a nossa vida e a dos demais ao nosso redor. E ter conhecimento que quando voltarmos ao Mundo Maior, teremos uma enorme Seara de trabalho em nome do Amor.
Namastê!
Alex de Oxóssi
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