terça-feira, 31 de janeiro de 2012


“Ferramentas” importantes para a Umbanda











Axé !
 Não conheço, aliás, nem imagino que exista um terreiro de Umbanda que não utilize a Pemba, seja ela usada nos assentamentos e firmezas, nos pontos riscados e cruzamentos de médiuns, seja em forma de pós e amacis, nos rituais e cerimoniais como batismo, casamento, conversão religiosa… Enfim, a Pemba é um dos elementos mais importantes para um Terreiro e todo o trabalho espiritual/magístico que ele realiza.
Os Pontos Riscados também têm sua importância, também estão em todos os terreiros, são “ferramentas” das mais importantes para os trabalhos espirituais realizados pelos Guias na Umbanda. São eles que ajudam a segurar a porteira, proteger o terreiro, sustentar o trabalho, quebrar demandas, enfim, são fundamentais e carregam mistérios que somente o Plano Superior conhecem e dominam.
No entanto, é de nossa responsabilidade a busca pelo Saber, mesmo que minimamente, sobre os Pontos Riscados e Pembas ou qualquer outra forma e/ou elemento de trabalho da Umbanda, só assim conseguiremos nos “afinizar” com essa religião tão poderosa e divina. Portanto, façamos nossa parte… 
Pontos riscados são símbolos, signos e riscos que, sobre ação, determinação e sabedoria espiritual de espíritos e forças superiores, adquirem poderes divinos capazes de transformar ou criar qualquer energia, consequentemente, qualquer situação. Dessa forma, os Pontos Riscados podem, como “ordens mágicas”, curar, descarregar, potencializar, irradiar, abrir, fechar, imantar, quebrar, unir, apaziguar, atrair, expelir…
Os pontos riscados são traçados por Guias Espirituais e servem como reforço, como um espaço mágico realizador que durante os atendimentos espirituais beneficiam os consulentes em suas necessidades. Também servem de identificação, como uma assinatura do Guia. Compreendendo esse tipo de ponto, ponto de identificação, mesmo que de modo superficial, consegue-se entender “quem é” e “como” trabalha o Guia, ou seja, sabe-se, por exemplo, se o Caboclo é doutrinador, curador ou demandador, se tem a regência de Ogum, Oxóssi ou Oxum, enfim consegue-se se aproximar do Guia e de sua forma de trabalho, facilitando, consideravelmente, a participação do médium junto a Umbanda e toda sua potência realizadora.
Vejam alguns exemplos de representações simbólicas que normalmente vemos nos pontos riscados:
Sol – representa “tudo” – símbolo de Oxalá.
Espiral – para fora indica chamamento de força, retirando demanda. Para dentro evolução final, o encontro com o espírito, com o centro.
Seta Reta – representa a irradiação de Oxóssi (caboclo), energia dirigida.
Lança - simboliza a força e a realização, o combate que transforma, representa grande iluminação e chefia de linha ou legião. Usado pelos Pretos Velhos, Caboclos de Ogum e linha do Oriente.
Arco e flecha- força espiritual, energia e potência.
Machado – representa a busca do equilíbrio.
Balança – simboliza a justiça, a força e o poder.
Borboleta - é um símbolo da ressurreição, lembra a passagem da morte para a vida. Na Umbanda esse símbolo pertence à Yansã.
Raio duplo – a força que vem para regenerar.
Espada - representa a busca, a luta do trabalho.  Simboliza o guerreiro ou apto à luta – símbolo de Ogum.
Âncora – significa esperança.
Bandeira – significa ponto de equilíbrio dos contrários
Lua – representa magia.
Chifres – representa força, poder, inteligência.
Escudo – isola e defende, simboliza a fronteira entre os adversários.
Serpente – quando morde a própria cauda é o símbolo da eternidade. Quando livre, representa a sabedoria.
Caveira – representa a inteligência e a vida.
Tridente – simboliza a evolução do espírito
Punhais - simbolizam chaves que fecham o abismo
Sete cruzes – transformação da matéria, a fronteira entre a vida e a morte.
Os traços dos Pontos Riscados podem conter vibrações específicas que potencializam o poder mágico do ponto, podem ser passivas, ativas ou absorvedoras, e isso depende do material que se usa para riscar determinado ponto. Sabemos que a pemba é Sagrada, que tem um poder ritualístico superior a qualquer outro material quando falamos em Umbanda, sabemos também que a pemba contem os quatros elementos da natureza, fogo, ar, água e terra, no entanto ela é de energia passiva, que responde a determinações, portanto, não contem uma vibração natural ativa ou absorvedora. Para chegar nessas vibrações deve-se usar outros tipos de materiais para traçar o ponto riscado, materiais que quando os médiuns de incorporação não conhecem, acabam por “travando” a solicitação do Guia Espiritual e, por consequência, seu trabalho.
A cor da pemba usada no ponto riscado também contém vibrações específicas. A cor branca, por exemplo, é harmonizadora e passiva, pode ser usada continuamente por qualquer Guia Espiritual e pelo próprio médium, já as pembas coloridas como: rosa, vermelha, marrom, azul, roxa, amarela, preta e verde, têm outras vibrações, aliás, o uso é quase que exclusivo para o traçado de símbolos sagrados propiciando a ação de determinado Orixá, o que requer cuidado, delicadeza, bom senso, conhecimento e “permissão”.
Através da pemba também se confeccionam os importantes Pós de Pembas que em uso ritualístico alcançam dimensões sutis e extensas harmonizando, descarregando e energizando os médiuns, os consulentes, o terreiro e qualquer ambiente. Sem o conhecimento teórico, energético e ritualístico esses Pós podem causar danos dificilmente revertidos, portanto devem seguir rigorosamente seu ritual de confecção e utilização.
Enfim, espero que com essas poucas explicações se perceba o quanto é fundamental estudar e conhecer a Umbanda e suas “ferramentas” de trabalho.
Espero que se perceba que, quanto mais o médium sabe mais o Guia “faz”, mais fácil é a incorporação, mais firme e coeso fica o atendimento espiritual.
Espero que se perceba que a Umbanda tem fundamento, tem lógica, tem sentido, tem o ‘porque’ e o ‘para que’. Dessa forma, estudar, buscar o conhecimento, é aproveitar a grandiosa oportunidade que é Ser Umbandista.

Por Deus Nosso Senhor

Oláaa…. Estou aqui invadindo o blog momentaneamente, com a permissão da minha mãe carnal/espiritual, para falar do novo cd de Chico 
Buarque
chamado ‘Chico’ que volta após cinco anos de sua última turnê com o show de seu lançamento e a convite, eu levarei meu pai carnal/espiritual no dia de seu aniversário!
Na verdade, não quero falar do cd do Chico, mas de uma música em especial que emocionou muito a todos nós
e principalmente a minha mãe…

E falando de mim e minhas emoções, é difícil querer passar em palavras as sensações e sentimentos que tive ao ouvi-la, tão forte em expressão e sentido, fazendo referência a um passado tão presente em nossas vidas… O uso abusivo do poder, a guerra entre crenças, a intolerância, a agressividade e tantos outros temas dentro de uma única música…. Uma música que faz de si, a voz de tantos… Uma música que alegra e entristece na mesma proporção…. Uma música que fala por assobios… uma música… A Música….
A Música que chora em yoruba.
A Música que não precisa de traduções ou explicações.
A Música que se resume em ouvir e sentir… e refletir.

A música que somos nós… Nosso passado, nosso presente e nosso futuro… Nós como poderosos, intolerantes e agressivos herdeiros sararás…
… Nós como sofredores, abusados e retalhados…
Nós com ares de senhores e verdadeiros Gabriela Caraccio



Chico Buarque – Sinhá 


Se a dona se banhou
Eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor
Eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça
Sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça
Nem enxergo bem

Para que me pôr no tronco
Para que me aleijar
Eu juro a vosmecê
Que nunca vi Sinhá
Por que me faz tão mal
Com olhos tão azuis
Me benzo com o sinal
Da santa cruz

Eu só cheguei no açude
Atrás da sabiá
Olhava o arvoredo
Eu não olhei Sinhá
Se a dona se despiu
Eu já andava além
Estava na moenda
Estava para Xerém

Por que talhar meu corpo
Eu não olhei Sinhá
Para que que vosmincê
Meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá
Mas oro por Jesus
Para que que vassuncê
Me tira a luz

E assim vai se encerrar
O conto de um cantor
Com voz do pelourinho
E ares de senhor
Cantor atormentado
Herdeiro sarará
Do nome e do renome
De um feroz senhor de engenho
E das mandingas de um escravo
Que no engenho enfeitiçou Sinhá


À procura de Paz 
Posted  by Mãe Mônica Caraccio.

Axé ! Quase que em todas as giras ouço algumas Entidades pedirem para alguns consulentes anotarem uma oração para que possam fazê-la durante a semana, ou melhor, durante a vida. 

Imagino que algumas pessoas já a conhecem, no entanto, acredito que vale a pena compartilhar com todos vocês para que possamos juntos, compreender melhor alguns significados e sentidos. 


Falo da Oração da Serenidade, aquela tão difundida entre os grupos de Alcoólicos Anônimos e que começa assim: 


“Concedei-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; Coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir uma das outras”. 


É, só esse começo já é grandioso, não é mesmo? 


Só de pensar na relação de “serenidade” com “aquilo que não podemos modificar” já dá até calafrios, afinal, muitas vezes somos tão resistentes, queremos que tudo seja feito da nossa forma e que nossa vontade prevaleça acima de tudo, consequentemente vem o pedido de “coragem” e “sabedoria”… 


Grandioso demais para aqueles que estão sempre à procura de Paz!!! 


Interessante é que ninguém sabe ao certo quem escreveu essa oração. 


Alguns dizem que ela veio dos antigos gregos; outros contam que ela foi escrita por um poeta anônimo inglês; outros ainda afirmam que foi escrita por um oficial da marinha americana, mas a versão mais aceita é que ela foi escrita pelo Reverendo Reinhold Niebuhr do Seminário Teológico União em 1943. Essa oração foi impressa e distribuída entre as tropas no começo da Segunda Guerra Mundial e reimpressa pelo Conselho Nacional de Igrejas, assim como está nas paredes das milhares de salas de reuniões dos Alcoólicos Anônimos. 


De qualquer maneira, o fato é que essa oração é repetida milhares de vezes diariamente, em milhares de locais diferentes, independente da religião pessoal de cada um. 


Mas, para mim, o mais fabuloso é vê-la dentro dos Terreiros, local onde qualquer um, independente de crença, posse ou posição, pode frequentar. 


É vê-la sendo verbalizada por Exus, Pretos-Velhos, Caboclos e por toda a espiritualidade superior, Entidades Espirituais que, com certeza, sabem o que fazem e sabem o que é bom. 


Mais do que isso, fico a observar que, assim como essa oração serviu de inspiração na guerra, as Entidades também estão pedindo que a façamos nos momentos de nossas guerras internas ou, quem sabe, externas. 


Noto também que, da mesma forma que essa oração inspira centenas de pessoas a dominarem seus vícios com passividade, aceitação e serenidade, as Entidades estão pedindo que determinemos as súplicas dessa oração diariamente na esperança de que reconheçamos e de que lidemos com passividade, aceitação e serenidade nossos próprios vícios. 


Enfim, espero que gostem, que decorem, que repitam, que entendam e que se inspirem com essa grandiosa oração, principalmente quando solicitada por uma Entidade Espiritual. 


Axéééé a todos e aproveitem a Oração da Serenidade em sua versão integral. - 


 Oração da Serenidade:


 Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar; Coragem para modificar as que posso e sabedoria para distinguir a diferença. 
Vivendo um dia de cada vez; Desfrutando um momento de cada vez; Aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz; Aceitando, como Ele fez, o mundo pecador tal como é, e não como gostaria que fosse; Confiando que Deus fará bem todas as coisas se eu me render à Sua vontade; Para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele para sempre na próxima. -

REENCARNAÇÃO

Reencarnação

"Ninguém que se encontre reencarnado em regime de exceção, indene ao sofrimento e aos testemunhos defluentes da larga jornada empreendida desde recuadas eras...Trazendo em germe a necessidade insculpida no perispírito que lhe modelou os equipamentos orgânicos de maneira a propiciar-lhe os resgates inadiáveis, ressurgem os marcos danosos requerendo regularização e ordem, mediante processos de ação dignificadora, atividades regenerativas, sofrimentos reparadores, testemunhos significativos, superação das paixões perversas...Tudo, poré, encontra-se codificado de maneira sábia pelas Leis do Amor que vigem no universo, manifestando-se nos momentos oportunos, facilitadores do mecanismo da evolução do ser.. Assim, mantém-te sempre sereno, porque a árvore robustece-se na tempestade. Aceita o desafio existencial com alegria. Sem ele permanecerás estacionado no processo de elevação"

Autor: Joanna de Ângelis

use a erva que voce tem: Umbanda Eu Curto

  Use a erva que você tem É interessante observarmos que sempre que abordamos o mistério do elemento vegetal, nos condicionamos a falar de ...